" A MORTE PRECISA SER ACEITÁVEL"

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"A MORTE PRECISA SER ACEITÁVEL"

Quando eu morrer

não chorem por mim,

não façam homenagens

e nem muito menos orações,

pois enfim livre eu sou !

A morte precisa se aceitável

é um corpo gelado sem vida,

cada célula apodrecendo,

se deteriorando entre vermes, 

pois enfim pó eu sou !

Livre das angústias, das dores,

das insatisfações e dos problemas

que envolvem a complexidade 

da existência humana,

pois enfim de Deus eu sou !

Devo voltar para o "meu lugar",

que acredito ser o "Amor de Deus",

consciente que nunca fui da terra,

era apenas "turista de passagem",

pois enfim do céu eu sou !

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos

Escrito em: 27.05.2005

Obs: Era o dia do meu aniversário, estava em paz  e feliz quando escrevi este ensaio poético.... gostaria que ele fosse o meu "Poema Testamento", quando tiver que partir desta vida... acredito que devemos fazer o bem para as pessoas enquanto elas estão vivas, não depois de mortas... 

"BENDITA MORTE"

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"BENDITA MORTE"

Nos momentos em que a dor

me dilacera a alma

eu repito para mim:

que bom que existe a morte.

Que bom que existe a morte !

É o fim de tantos sofrimentos:

quer sejam físicos,

quer sejam espirituais,

quer sejam morais.

Que bom que existe a morte !

Ela representa a liberdade:

desta existência tão complexa,

deste mundo tão contraditório,

destes problemas tão complicados.

Que bom que existe a morte !

E este grito não representa

só um lamento angustiado,

mas a esperança no fim

de tanto sofrimento.

Que bom que existe a morte !

E como se repetir chorando 

tantas vezes esta frase

servisse de alívio e consolo

para minha profunda dor.

Que bom que existe a morte !

Seria maléfico e torturante

ter que sofrer eternamente

acho que por isto Deus

permitiu a "BENDITA MORTE".

Que bom que existe a morte !

Olho para o céu azul,

ollhos marejados de lágrimas,

um nó na garganta

e eu digo para Deus:

Que bom que existe a morte !

Autora: Kátia Regina Corrêa Santos

Escrito em: 28.11.2002

Obs: Escrevi no dia da morte do meu avô materno, ele sofreu tanto, foi definhando numa luta  pela vida de 3 anos... Um dia participei de uma reunião e a dirigente antes de começar falou que poderíamos fazer nossos pedidos em silêncio, sobre qualquer dificuldade que estivéssemos passando e em seguida faríamos a oração de mãos dadas... eu pedi que Deus tivesse misericórdia do meu avô e o levasse, não conseguia mais vê-lo sofrer tanto...depois da reunião de volta para casa o telefone toca... ele havia morrido... eu agradeci a Deus... e escrevi este ensaio poético...